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Klabin testa tecnologia pioneira para detecção de formigueiros em florestas plantadas

A tecnologia SAR/RADAR tem como diferencial a identificação de ninhos subterrâneos com precisão, ampliando e fortalecendo ações de monitoramento e controle de formigas

A Klabin está na fase final de avaliação de um projeto piloto que testa o monitoramento de formigueiros usando radares embarcados em drones. Com objetivo de detectar ninhos de formigas cortadeiras, um dos principais grupos de insetos-praga do cultivo de florestas plantadas, durante as etapas de pré e pós-plantio, o projeto busca um maior controle da praga, favorecendo o desenvolvimento potencial das árvores.

A iniciativa é resultado da parceria da Klabin com a Radaz, empresa especializada no desenvolvimento de Radar de Sensoriamento Remoto, e o estudante de doutorado em Engenharia Elétrica da Unicamp, Gian Carlos Oré Huacles, sob a orientação do Prof. Dr. Hugo Figueroa, bem como outros especialistas renomados. A pesquisa do projeto começou há cerca de dois anos, chegando a um teste piloto em campo este ano – que consiste em um radar embarcado em um drone não tripulado, que sobrevoa as plantações fazendo imagens do subsolo, para identificar os formigueiros.

Segundo Bruno Afonso Magro, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento Florestal da Klabin, o acompanhamento de formigas cortadeiras é uma atividade constante em florestas plantadas, principalmente em razão do alto potencial de dano do inseto, que pode reduzir em mais de 15% do cultivo se não for controlado.

“Via de regra, o monitoramento de formigueiros é feito por amostragem da área e com ação humana. A operacionalização desta atividade é um marco tecnológico que tem como principais diferenciais a capacidade de enxergar abaixo do solo, o que por si só já é um avanço muito relevante, e a maior agilidade e precisão para a visualização de toda a área cultivada, assim como a redução no uso de inseticidas em plantios”, explica o executivo.

O piloto está sendo desenvolvido nas áreas de plantio comercial da Klabin no Paraná, usando radar de abertura sintética (SAR) em diferentes tipos de voos, pesquisando a posição mais assertiva. Já foram identificados ninhos com até quatro metros de profundidade, indicando êxito da abordagem.

“O sistema SAR embarcado em drone percorreu trajetórias de voo lineares e helicoidais para o mapeamento de diferentes áreas de floresta de eucalipto. Obter informação tomográfica da subsuperfície é possível devido às trajetórias helicoidais, que permitem que o sistema SAR colete dados da área desejada o maior tempo possível, e aos sinais de baixa frequência, como a banda P, que é disponibilizado no sistema SAR empregado e tem um grande nível de penetração. Dessa forma, a informação obtida pelo sistema SAR foi processada usando técnica de aprendizado profundo orientado a imagens, atingindo uma taxa de detecção de formigueiros de 80% sem falsos alarmes”, explica Gian Carlos Oré Huacles, estudante de doutorado responsável pelo projeto. 

De acordo com Magro, do ponto de vista técnico, o grau de sofisticação da iniciativa é extremamente relevante e inovadora para o setor florestal. “Este estudo demonstra a viabilidade do mapeamento com radar de abertura sintética (SAR) para realizar a detecção subterrânea de ninhos de formigas cortadeiras. Este é o primeiro registro mundial de um formigueiro no subsolo por meio desta tecnologia, o que representa um grande feito para a ciência”, pontua o gerente.

A Klabin possui uma das maiores produtividades florestais do mundo, para os gêneros Eucalyptus e Pinus, com uma área cultivada superior a 273 mil hectares.

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Um Comentário

  1. Olá, desenvolvi um produto que bloqueia o acesso das formigas cortadeiras a atacar as plantas, feito em polietileno pode ser usado nas plantações por até 20anos, reduzindo custo operacional e ermicidas que podem afetar os lençóis freáticos por meio de chuvas, e outra observação é que este mesmo produto também ajuda a centralizar mais água de chuva no tronco beneficiando dias de chuvas fracas

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