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Paracel deve usar porto de Fray Bentos para exportação de celulose

A produção de celulose chegaria por barcaça de Concepción aos armazéns portuários de Fray Bentos, em uma operação de 20 dias por hidrovia

Há vários meses, autoridades uruguaias e representantes da Paracel conversam sobre a fábrica que está sendo construída na região de Concepción, a fim de chegar a um acordo para que a celulose escoada use o porto de Fray Bentos para suas exportações para Ásia e Europa.

A produção de celulose chegaria por barcaça de Concepción aos armazéns portuários de Fray Bentos. Esta operação levaria cerca de 20 dias de navegação pela hidrovia, e seriam necessárias cerca de 70 barcaças para realizá-la. A mercadoria seria então carregada uma vez por semana em um navio maior, que depois completaria o carregamento em Nueva Palmira sem entrar no porto.

Dias atrás, uma delegação formada pelo presidente da Administração Nacional de Portos (ANP), Juan Curbelo, e pelo prefeito de Río Negro, Omar Lafluf, entre outras autoridades, visitou as obras do novo complexo industrial. Houve novos contatos, tanto com membros do governo paraguaio quanto com empresários, entre eles o presidente do grupo Paracel, Blas Zapag. Os diretores da empresa paraguaia já visitaram o porto de Fray Bentos duas vezes e também estiveram em Nueva Palmira.

A decisão final será conhecida antes do final do ano. Além do Uruguai, há portos argentinos interessados ​​em carregar a celulose paraguaia. “À princípio, a decisão que as autoridades da empresa tomaram é que toda a carga saia pelo Uruguai. Seria um volume próximo a 2 milhões de toneladas por ano que geraria um impacto muito positivo”, disse o presidente da ANP.

O prefeito Lafluf explicou que Fray Bentos deverá “ser o porto do Paraguai”, não só para a celulose, mas também para outras cargas. “Oferecemos o porto ao governo paraguaio”, disse.

O prefeito explicou que no futuro “será um fato” a dragagem de 32 pés do rio Uruguai entre Nueva Palmira e Fray Bentos, mas que mesmo sem essa profundidade, hoje, há possibilidade de sair com 18 mil ou 20 mil toneladas de mercadoria. Lafluf destacou ainda que existe um porto que atualmente é “pouco carregado” em comparação com outros, o que significa que os navios têm de “esperar menos tempo para carregar”. Além disso, há possibilidades de ampliação do terminal em 40 hectares que hoje estão vazios.

A planta industrial da Paracel será o maior investimento do setor privado na história do Paraguai. A fábrica deverá estar operacional por volta de 2025 e empregará cerca de quatro mil pessoas diretamente. A atividade será focada na produção de celulose kraft branqueada de eucalipto, com um volume de 1,8 milhão de toneladas por ano, sendo a Ásia um dos principais destinos

Há vários meses, autoridades uruguaias e representantes da Paracel conversam sobre a fábrica que está sendo construída na região de Concepción, no Paraguai, a fim de chegar a um acordo para que a celulose escoada use o porto de Fray Bentos, no Uruguai, para suas exportações para Ásia e Europa.

Fonte
El Observador
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