Arauco obtém licença prévia para construção da sua nova fábrica de celulose em Inocência (MS)
De acordo com o Conselho Estadual de Controle Ambiental (CECA), o parecer que recomendava a emissão da licença foi aprovado de forma unânime por seus 20 membros
Depois de ter o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) analisado, a chilena Arauco obteve a emissão de Licença Prévia para construção da sua nova fábrica de celulose na cidade de Inocência (MS), com investimentos previstos de R$ 28 bilhões.
De acordo com o Conselho Estadual de Controle Ambiental (CECA), o parecer que recomendava a emissão foi aprovado, de forma unânime, na última semana.
Além da nova fábrica de papel e celulose, Inocência passará a abrigar também uma termoelétrica, por isso a necessidade de Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) detalhados, que apresentem um diagnóstico ambiental, avaliação das consequências, entre outros aspectos.
Presidido por Jaime Verruck, titular da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), o Conselho é composto por 20 membros, sendo metade de instituições públicas e os demais representantes da sociedade civil.
“Tomamos todos os cuidados, tanto do ponto de vista ambiental, quanto de infraestrutura urbana para suportar esse crescimento repentino que terá Inocência”, afirmou Verruck, em nota.
Com a previsão de investir R$ 28 bilhões no novo empreendimento, a Arauco estima contratar cerca de 12 mil pessoas durante as obras, gerando em torno de 1.070 empregos diretos e indiretos quando já estiver em operação.
A primeira fase do projeto deve entrar em operação em 2028 e a segunda em 2032. Com isso, estima-se que a capacidade de produção da nova fábrica seja de 2,5 milhões de toneladas de celulose anualmente.
A conquista da Licença Prévia junto ao CECA marca o início da materialização do projeto, sendo necessária ainda a solicitação da Licença de Instalação (LI) ao Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) e depois uma Licença de Operação (LO).
ARAUCO EM MS
A nova fábrica de celulosa da Arauco trabalhará com base florestal de aproximadamente 200 mil hectares de terra arrendada. “Haverá mais eucalipto para celulose e menos soja no cenário de exportação a partir de 2025. A mudança tornará Ribas do Rio Pardo a capital mundial do eucalipto”, pontuou Verruck.
Além disso, há também uma previsão, por parte da Arauco, de apostar em uma segunda linha de celulose, dobrando os valores investidos, além de mais US$ 1 bilhão em arrendamento de terras e plantio de florestas.