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Suzano avalia crescimento do mercado global de celulose fluff

Segundo Leonardo Grimaldi, diretor comercial de celulose da companhia, esse mercado deve crescer 4,2% ao ano, impulsionado pelo aumento da demanda de produtos que utilizam fluff

De acordo com Leonardo Grimaldi, diretor comercial de celulose da Suzano, o mercado global de celulose fluff tem potencial de crescimento, mas ainda tem sua produção concentrada em três grandes empresas americanas, justificando o novo investimento da Suzano nesse tipo de fibra.

Grimaldi acredita que até 2027 esse mercado deve crescer 4,2% ao ano, impulsionado por uma demanda cada vez maior de produtos para incontinência urinária, e pelo consumo crescente no mercado asiático. Atualmente, apenas três produtores americanos são responsáveis por 80% do suprimento global.

Em 2016, a Suzano lançou a primeira celulose fluff obtida a partir da fibra de eucalipto do mundo, a Eucafluff, e, recentemente, anunciou um investimento de R$ 490 milhões para elevar sua capacidade instalada de produção de 100 mil toneladas para 440 mil toneladas de fluff por ano.

“Houve questionamentos [sobre o uso de fibra curta para fluff], que foram superados. Estamos posicionados com o menor custo caixa de produção do mundo”, disse Grimaldi, durante o Suzano Day. Quanto à fibra longa, que ainda é predominante na produção de fluff, o executivo acrescentou que a fibra curta traz vantagens em custos e que alguns clientes da Suzano já estão usando 100% de Eucafluff em seus produtos.

Para Walter Schalka, presidente da Suzano, a perspectiva para o futuro é que entre 30% e 40% do mercado de fluff seja de celulose produzida a partir da fibra curta e não mais da fibra longa. “Isso representa uma grande oportunidade de crescimento”, afirmou.

CUSTO DE CAIXA DEVE RECUAR NO 4º TRIMESTRE

Segundo  Aires Galhardo, diretor operacional de celulose da Suzano, nos últimos anos a companhia tem investido em competitividade estrutural, o que tem levado a empresa a reduzir seu custo de caixa de produção, como demonstrado no resultado do terceiro trimestre do ano.

Ainda de acordo com o executivo, o recente investimento na modernização da caldeira da fábrica de celulose em Jacareí, no interior de São Paulo, promoveu ganhos de custo caixa, que refletiram nos resultados do terceiro trimestre de 2023. Nesse período, o custo caixa de produção de celulose de mercado da Suzano ficou em R$ 861 por tonelada, com uma queda de 2% na comparação anual.

“O investimento na nova caldeira de biomassa em Aracruz (ES) vai contribuir para reduzir o custo caixa e investimentos em manutenção no futuro”, disse. Para o quarto trimestre, há uma expectativa de redução de um dígito abaixo no custo caixa, na comparação com o terceiro trimestre.

Conforme Galhardo, o Projeto Cerrado, em Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul, tem evoluído dentro do esperado. Nesse sentido, o custo de caixa estrutural projetado para a unidade em construção está mantido em R$ 400 por tonelada no longo prazo, acrescentou o executivo.

Estima-se que a Suzano complete a curva de aprendizagem do Projeto Cerrado em nove meses, produzindo 2 milhões de toneladas de celulose de eucalipto nos primeiros 12 meses de operação. A previsão é de que a nova unidade esteja concluída até junho de 2024.

Fonte
Valor Econômico
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