Na última segunda-feira, 15, a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) completou uma década desde a sua criação, com a importante missão de representar o setor de árvores cultivadas para fins industriais. Em uma década, a entidade ajudou a aproximar essa indústria da população e de instâncias decisórias, além de ter dobrado a presença do segmento no mundo.
A data foi celebrada em uma cerimônia realizada em São Paulo, no dia 8 de abril e contou com a presença de CEOs, executivos e colaboradores que foram fundamentais nessa trajetória.
O objetivo da criação da Ibá, ainda em 2014, foi agrupar sob um mesmo guarda-chuva as diversas entidades que representavam até então as empresas que plantam árvores para fins industriais, como, por exemplo, a Abraf (Associação Brasileira dos Produtores de Florestas Plantadas) e a Bracelpa (Associação Brasileira de Celulose e Papel).
Nesse sentido, além de bem-sucedido, o projeto superou as expectativas. Em um movimento inovador, a Ibá ainda trouxe para perto outras associações estaduais representativas do setor como a Abaf, a ACR, a AgeFlor, a Amif, a Apre, a Arefloresta, a CedAgro, a Florestar e a Reflore MS.
Recentemente, a entidade passou a compartilhar também o mesmo espaço com a Empapel (Associação Brasileira de Embalagens em Papel) e a ABTCP (Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel), fortalecendo o seu ecossistema e unificando ainda mais o setor.
“Reconhecemos a participação fundamental de todas as associadas e de todas as pessoas que participaram desse processo. São colaboradores, executivos, academia, entidades parceiras, membros de nossos comitês e conselhos Consultivo”, disse Paulo Hartung, presidente da Ibá.
“Em 10 anos, nos tornamos os maiores exportadores de celulose e os segundos maiores produtores, atrás apenas dos Estados Unidos. Não satisfeitos, continuamos nos renovando, investindo em novas fábricas e em tecnologias que atendam à demanda mundial de cuidado com o meio ambiente. Unidos, elevamos nossa voz no mercado”, acrescentou o executivo.
A indústria de árvores cultivadas planta, colhe e replanta árvores para fins industriais em cerca de 9,94 milhões de hectares. São 1,8 milhão de árvores plantadas por dia – considerado fora da curva no uso da terra – além de conservar outros 6,73 milhões de hectares de mata nativa.
Nesse contexto, as árvores prestam valioso serviço ecossistêmico ao estocarem gás carbônico, um dos principais causadores do efeito estufa. O setor está ainda a caminho da autossuficiência energética a partir de biomassa florestal, avançando na descarbonização da cadeia produtiva, ao mesmo tempo em que entrega produtos renováveis, biodegradáveis e recicláveis, em substituição a itens de origem fóssil.
Além disso, a indústria ainda realiza constantes investimentos para expansão e desenvolvimento, com a abertura de novas fábricas. Na última década, mais de 700 mil trabalhadores diretos e indiretos foram adicionados à força de trabalho.
Atualmente, os investimentos compreendem R$ 67,4 bilhões – recursos que são destinados a novas plantas, expansão das áreas cultivadas, pesquisa, desenvolvimento e inovação.
HOMENAGENS
Durante a cerimônia de comemoração, três personalidades fundamentais para a criação da entidade foram homenageadas: José Luciano Duarte Penido, Carlos Aguiar e Salo Davi Seibel, responsáveis por contribuir significativamente para o estabelecimento e desenvolvimento da Ibá.
Na ocasião, cada um dos homenageados recebeu um troféu, que consistia em uma obra de Ana Paula Castro, feita com madeira proveniente de árvores cultivadas, em que os bioprodutos da indústria foram talhados formando o mapa do Brasil.
“O maior trabalho que tivemos nos últimos dias foi definir algumas homenagens que significassem esses dez anos de caminhada. Você acaba não sendo justo, porque é uma obra coletiva e não individual. Celebrar a participação de vocês três é celebrar a participação de muita gente”, declarou Hartung durante a cerimônia.
“Estou muito emocionado de estar junto com Carlos e Salo recebendo essa homenagem, como um dos três representantes de todo um setor que planejou elevar sua voz, se juntar para ser ouvido e mostrar à sociedade as coisas boas que faz”, disse Penido. “O futuro que desejamos para o mundo está na nossa indústria. Nós somos parte da solução”, complementou.
