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Klabin consolida investimento histórico e impulsiona desenvolvimento no Paraná

Maior desembolso privado do estado marcou nova fase industrial da empresa, com impacto positivo na região

A Klabin, em seu maior aporte até o momento, investiu R$ 12,9 bilhões entre 2019 e 2023, marcando o maior desembolso privado já realizado no Paraná. Este investimento culminou na inauguração do Projeto Puma II, no ano passado, solidificando as operações integradas da empresa no estado como um pilar central de sua estratégia de negócios. A companhia tem concentrado esforços na diversificação, desde a matéria-prima até o produto final, destacando-se pela integração entre fibra e papéis, além da flexibilidade geográfica e de portfólio.

Ricardo Cardoso, diretor industrial da Klabin no Paraná, descreveu o Projeto Puma como a encarnação do modelo de negócios da empresa, destacando também seu papel na promoção da bioeconomia, com a substituição de combustíveis fósseis e a produção de hidrogênio verde.

Com uma área total de 751 mil hectares, incluindo áreas de preservação, a Klabin possui 185 mil hectares de florestas de pinus e 114 mil hectares de eucalipto plantados. Essa base florestal diversificada não apenas fornece matéria-prima para suas operações, mas também confere versatilidade para se adaptar às dinâmicas dos mercados em que atua. Uma inovação notável foi a produção de papel kraftliner, utilizado em embalagens, feito 100% a partir de eucalipto, patenteado pela empresa sob o nome de Eukaliner.

A Klabin opera desde suas plantações de pinus e eucalipto até suas unidades industriais, como a de Monte Alegre, em Telêmaco Borba, responsável pela produção de diferentes tipos de papéis para embalagem, e a unidade Puma, em Ortigueira, que produz celulose de fibra curta, longa e fluff. Essas operações têm sido fundamentais para impulsionar o desenvolvimento regional, especialmente em cidades como Ortigueira, que experimentaram uma transformação significativa desde a chegada da Klabin.

Com a aquisição dos ativos florestais da Arauco no estado, mediante um acordo de US$ 1,16 bilhão, a Klabin consolidou o Paraná como seu principal centro florestal e industrial. Esta transação também preparou o terreno para a empresa explorar ainda mais o valor das árvores de eucalipto e pinus, seguindo o exemplo do Projeto Puma, que dobrou sua capacidade produtiva e impactou positivamente a região.

Com planos ambiciosos para o futuro, a Klabin pretende ampliar sua capacidade produtiva nos próximos dez anos, com foco em produtos de alto valor agregado. A expansão incluirá a produção de celulose, especialmente do tipo fluff, utilizado em fraldas geriátricas, e o desenvolvimento de novas capacidades para papel reciclado e sacos industriais.

Além disso, a empresa já iniciou investimentos em sua base florestal para garantir um suprimento adicional de fibra no longo prazo. Após o investimento significativo no Paraná e a aquisição de terras e madeira da Arauco, a Klabin direcionará sua atenção para a expansão de suas operações em Santa Catarina, com planos de construir uma nova linha de celulose de fibra longa e fluff.

Fonte
Valor Econômico
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