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Suzano é a vencedora do Valor 1000 em Papel e Celulose

O reconhecimento se dá em razão dos diversos investimentos e expansões que a companhia vem realizando nos últimos anos

A Suzano, maior produtora mundial de celulose de fibra curta, foi reconhecida pelo prêmio Valor 1000 como a melhor empresa do setor na categoria Papel e Celulose. O reconhecimento se dá em razão dos diversos investimentos e expansões que a companhia vem realizando nos últimos anos, ampliando sua atuação além da própria produção da commodity.

A meta da companhia é ser um elemento de transformação social a partir da árvore e, seguindo esta ideia, tem investido na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto. Em 2017, a empresa investiu US$ 22 milhões em uma fábrica de tecido cuja matéria-prima também é retirada do eucalipto reflorestado. Outro anúncio recente na mesma linha foi o avanço nos estudos para a produção do bio-óleo, combustível renovável derivado da biomassa de resíduos florestais.

“Nossa companhia é movida pelo próximo passo”, define o presidente da Suzano, Walter Schalka. Para isso, diz, é preciso estar atento para um mercado cada vez mais volátil e ter agilidade e flexibilidade.

Além desses investimentos rumo à diversificação e à economia circular, a companhia renegociou suas dívidas para alongar vencimentos e prefixar taxas de juros. Dessa forma, a Suzano se preveniu contra a contínua desvalorização do real em 2021 e valorizou suas exportações.

“O que vimos com a pandemia e com as mudanças geopolíticas recentes são só dois exemplos do quanto o mundo está volátil e exige agilidade nas decisões. Não sei quais serão as próximas crises que o mundo enfrentará, mas pode ter certeza de que elas virão”, comenta Schalka.

Walter Schalka, presidente da Suzano. Fonte: Valor Econômico

Os resultados financeiros robustos também indicam a solidez da empresa no setor, que possui receita líquida de R$ 40,96 bilhões, com sete fábricas de celulose, quatro de papel e cinco unidades de bens de consumo. Destas unidades saíram 10,6 milhões de toneladas de celulose e 1,3 milhão e toneladas de papel.

Esses números permitem que a Suzano siga investindo em sua expansão, sendo o mais recente investimento a construção de uma nova fábrica no município de Ribas do Rio Pardo (MS), com um orçamento de R$ 19,3 bilhões até 2024. A companhia também prevê a instalação de uma nova planta para fabricação de tissue no Espírito Santo, no valor de R$ 600 milhões.

A gestão de florestas e a eficiência logística são outros fatores importantes no desempenho da companhia. Recentemente, com aumento capacidade instalada das fábricas, a Suzano precisou ampliar sua base florestal, adquirindo terras no Centro-Oeste e no Espírito Santo. Hoje, a empresa planta 800 mil árvores por dia, de mudas saídas de laboratórios e viveiros existentes nas principais regiões de plantio.

Para ser mais eficiente na área florestal, a companhia lançou o projeto Tetrys, que utiliza inteligência artificial e big data para fazer uma melhor combinação entre as variedades de clones de eucalipto e as áreas de plantio, garantindo maior assertividade no plantio e redução de ataques de pragas, de doenças e no uso de insumos.

Para dar vazão aos seus diversos produtos, a companhia também investe pesado em logística. Recentemente, a Suzano inaugurou um novo berço no porto de Itaqui, no Maranhão, onde também avança na construção de um armazém – região importante para exportação. Os investimentos nos dois projetos somam R$ 390,2 milhões e darão mais eficiência à produção da fábrica de Imperatriz (MA), como parte de sua estratégia de garantir competitividade internacional.

A inovação é um agente que permeia todas as ações da companhia para seguir crescendo. Para isso, estar presente no ecossistema de inovação faz todo o sentido para a empresa, que está presente no Cubo e acaba de anunciar o lançamento do Suzano Ventures, um fundo de capital de risco com aporte inicial de US$ 70 milhões para financiar inovação aberta.

À princípio, o fundo é voltado para soluções tecnológicas no campo da biomassa de celulose e de embalagens celulósicas, além de agtechs, empresas do agronegócio que estejam desenvolvendo tecnologias que impactem a produtividade das agroflorestas. Nesse sentido, a companhia busca atrair inovadores que tragam tecnologias e soluções que auxiliem no sequestro de carbono e na mensuração dessa captação.

Outra aposta da Suzano é a parceira com a canadense Celluforce, líder mundial de celulose nanocristalina. A substância, que é biodegradável, pode melhorar a qualidade de óleo, gás, adesivos, papel, papelão, tintas, cosméticos e até mesmo ser usada na indústria eletroeletrônica para produção de telas. O investimento nessa tecnologia pode alavancar os produtos da companhia, além de possibilitar o desenvolvimento de novos negócios a partir das árvores plantadas pela Suzano.

Fonte
Valor Econômico
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