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Após incremento, investimentos no setor de papel e celulose podem somar R$ 63 bilhões

Além dos projetos que já somam R$ 60 bilhões até 2028, outros investimentos devem agregar mais R$ 3 bilhões ao ciclo de crescimento do setor

Enquanto o mundo passa por turbulências econômicas em geral, o setor de papel e celulose no Brasil já prevê investimentos na ordem de R$ 60 bilhões até 2028, e segue crescendo. Segundo apurado pelo Valor Econômico, outros R$ 3 bilhões devem agregar ao atual ciclo de crescimento, consolidando esta indústria entre os maiores investidores privados da atualidade.

Os maiores projetos são de responsabilidade de grandes companhias, como Klabin, Suzano – que lidera o valor a ser investido, com R$ 19,3 bilhões para sua nova fábrica em Ribas do Rio Pardo –, e as multinacionais CMPC e Arauco.

Dentre os investimentos que não foram incluídos na estimativa oficial da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), destaca-se a instalação de quatro máquinas de papel tissue da Bracell no país, por parte da asiática RGE (Royal Golden Eagle). O desembolso do projeto não foi confirmado.

“No Brasil, a companhia terá quatro máquinas de tissue, com capacidade de produção de 240 mil toneladas por ano. Espera-se que esta operação seja iniciada a partir do segundo trimestre de 2024”, informa a companhia. De acordo com uma fonte do setor, uma linha de tissue de 60 mil toneladas anuais e de conversão em papel higiênico ou toalhas deve demandar investimentos de mais de US$ 100 milhões.

Além disso, a RGE está conduzindo dois projetos de tissue na China, nos quais itá utilizar a celulose produzida em suas fábricas no Brasil e na Ásia como matéria-prima.

Também há o possível investimento da Ibema em uma nova fábrica de polpa de celulose (BCTMP, na sigla em inglês) em Turvo (PR), que ainda está em fase de estudos de viabilidade.

O Brasil é uma região propícia para estes investimentos, em razão da disponibilidade de área, ciclo mais curto para corte da madeira e condições favoráveis de solo e clima. Segundo Marcelo Schmid, sócio diretor do grupo Index, apesar de o país ser naturalmente beneficiado por essas condições e por dimensões continentais propícias à atividade, o setor também tem méritos próprios.

“Soubemos aprimorar a genética e a produtividade das árvores, o desempenho das operações em toda a cadeia produtiva e a gestão da atividade, com redução de custos, tecnologia de ponta e respeito aos mais exigentes padrões de sustentabilidade. Esses fatores conjugados fazem da celulose brasileira a mais competitiva no mercado e explicam a grande atratividade do setor”, afirma Schmid.

Fonte
Valor Econômico
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