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Decisão da Justiça sobre o caso Eldorado pode afetar investimento estrangeiro no Brasil, diz PE

Em nota, a companhia destacou o caráter temporário da medida e indicou que a decisão pode gerar incerteza e desconfiança entre os investidores internacionais

Após a última decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que manteve a suspensão da transferência das ações de controle da Eldorado Brasil Celulose, a Paper Excellence (PE), sócia da J&F Investimentos na produtora de celulose, se manifestou destacando o caráter temporário da decisão, além de indicar que sua manutenção “pode desencadear um efeito prejudicial de grande escala nos investimentos estrangeiros no Brasil”.

De acordo com a Paper Excellence, a liminar que impede a transferência das ações da Eldorado será novamente apreciada no julgamento do mérito, quando será avaliado o recurso de Luciano José Buligon – autor da ação popular contra a sentença de primeira instância, que extinguiu o processo.

Dessa forma, a juíza entendeu, que não estavam presentes “os requisitos mínimos necessários para prosseguimento da ação popular, que deveria se restringir a situações de interesse público e não privado”, conforme lembrou a PE. Nesse contexto, se os desembargadores concordarem com os argumentos da companhia, o processo será novamente encerrado e a liminar perderá efeito.

“A Paper confia que o julgamento do mérito reconhecerá que seus reais interesses na transação da Eldorado envolvem um complexo industrial e não a aquisição de terras rurais”, disse a PE em nota. A empresa ainda afirmou que acredita que os desembargadores identificarão um movimento de instrumentalização da Justiça por parte da holding dos irmãos Batista.

Ainda segundo a PE, a decisão que impede a conclusão da compra das ações da Eldorado “pode desencadear um efeito prejudicial de grande escala nos investimentos estrangeiros no Brasil, gerando incerteza e desconfiança entre os investidores internacionais”.

“Isso poderia afetar não apenas o setor específico em questão, mas também outros setores da economia que utilizam estruturas semelhantes, como de mineração, energia e agricultura, incluindo diversos negócios já em curso, legalmente concluídos sem as exigências que se pretende aplicar à Paper”, informa a empresa, em nota.

Fonte
Valor Econômico
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